um lar temporário que virou amor definitivo!

Fotografia da gata Franzinha olhando para a câmera.

Ei, você se lembra de mim?

Sou a Franzinha! Morei muuuito tempo no Parque da Independência, mas agora tenho um lar!

Não sabemos a idade exata dessa senhorinha, mas estimamos que seja mais de dez. Muito querida tanto pelos voluntários como pelos frequentadores do Parque da Independência, viveu a maior parte da sua vida por lá subindo nas árvores, se alongando pelas trilhas e esperando a hora do sachê.

Em meados de 2020, passou por um processo de adoção frustrado e o consenso foi de que seria melhor voltar para o parque. Depois, em 2021, perdeu seu companheiro mais querido, o Robertinho. E também teve a chegada de novos moradores no núcleo em que ela gostava de ficar. Acreditamos que esses acontecimentos, somados a outras vulnerabilidades do ambiente, podem tê-la deixado estressada e potencializado alguns sintomas que começamos a observar. Às vezes não queria comer e também notamos problemas de pele, como queda de pelos e machucados em volta do pescoço.

Voluntários GdM no Parque da Independência (2021), acervo GdM
Voluntários GdM no Parque da Independência (2021), acervo GdM

Então, ela foi retirada do Parque pelas voluntárias do GdM para uma visita ao veterinário. Inclusive, nesse dia, acontecia a ação “Voluntários por um dia” e alguns visitantes puderam acompanhar esse trabalho de cuidado e observação de pertinho.

Na clínica fez exames de sangue, que, além dos problemas de pele, apontaram resultados preocupantes e a necessidade de outros exames como radiografia e ultrassonografia, sendo então diagnosticada uma inflamação na região abdominal. Foi bem sério, tanto que se não tivesse sido diagnosticada e tratada a tempo, essa doença poderia ter levado a nossa senhorinha embora…

Depois de ficar internada aproximadamente um mês na clínica veterinária, fazer e refazer exames, foi para a casa de uma voluntária do GdM em lar temporário, para dar continuidade ao tratamento. Era pra ficar só o tempo de tomar os remédios, mas o tempo foi passando e ela foi ficando… Já se passaram cinco meses e ela não voltará mais ao Parque: conquistou a casa, o sofá, o coração de toda a família.

Confira o depoimento da Carol, voluntária que, de lar temporário, virou adotante:

Ficou um mês tomando três remédios, duas vezes ao dia. Foi uma tarefa bem difícil, ela cuspia os comprimidos, tinha que amassar e esconder em petiscos e sachês.

Depois, quando foi “desmamando” dos remédios, começou a sair do isolamento para explorar o ambiente e socializar com um outro gato da casa. Também não foi fácil! Aos poucos e com muita paciência eles foram se acostumando um com o outro, e hoje não são melhores amigos, mas dividem os mesmos espaços sem estresse.

Franzinha não gosta de ser pega no colo, mas é carinhosa, companheira, brincalhona e até amassa pãozinho!

Depois de todo o tempo de tratamento e adaptação, não tive coragem de devolvê-la e deixá-la suscetível aos problemas que provavelmente afetaram tanto a sua condição de saúde.

Aproveito inclusive para fazer o alerta de que, infelizmente, no Parque os gatos acabam tendo acesso e ingerindo alimentos inadequados, alimentos estragados ou contaminados que podem provocar doenças ou comprometer a imunidade deles. Por isso pedimos para os frequentadores não os alimentarem, para que tenham uma dieta equilibrada e acompanhada pelos voluntários.

Pra mim, por toda a sua história dentro do Parque, ela continua sendo uma “Gata do Museu”, mas que agora tem um lar quentinho, com todo o amor e respeito que ela merece receber para passar a sua velhice sem mosquitos, aranhas, formigas e outros insetos mordendo seu corpinho ou ainda ter que ficar exposta às intempéries.

Fran tirando um cochilinho, foto: Carolina (GdM)
Fran tirando um cochilinho, foto: Carolina (GdM)

Poder vê-la dormindo segura e tranquila como uma criança, Ah, é uma paz tão grande!

Carolina, 
Voluntária do Gatos do Museu e
tutora da Franzinha

Se você está pensando em adotar, considere dar uma chance a um gatinho mais velho.

A adoção de um gato adulto de vida livre nem sempre é fácil, pode exigir um pouco mais de paciência quanto à adaptação a uma nova rotina, mas é possível!

Essa também é a história da Franzinha. Embora vivesse bem no Parque, assim que teve a oportunidade de se aconchegar em um lar, ela se revelou uma supercompanheira; continua independente, mas sabe demonstrar seu amor e gratidão na hora certa.

Adotar um gato mais velho é um verdadeiro ato de amor. É proporcionar carinho para um ser que foi rejeitado por toda uma vida e que poderá ter uma segunda chance na vida – mesmo que já tenha vivido a maior parte dela. Em especial, dar a oportunidade a um idosinho de ser amado no fim de sua vida pode ser uma ótima experiência para o adotante também. Os animais sabem demonstrar MUITA gratidão! Abra o seu coração!

Se encantou com essa história? ADOTE um Gato do Museu!
Franzinha na casa nova, foto: Carolina (GdM)
Franzinha na casa nova, foto: Carolina (GdM)